The New Abnormal

The New Abnormal

Ouça o novo disco:

TRADUÇÃO: BILLBOARD – OUTUBRO DE 2001

A tradução de hoje é especial sobre o Halloween.

Em 31 de outubro de 2001, os Strokes tocaram no Hammerstein Ballroom de Nova York e a Billbord publicou a seguinte matéria sobre o evento:

Um Baile de Halloween para os Strokes

Um frenesi de exageros continua pipocando sobre os Strokes de Nova York, talvez a banda mais elogiada que sai da Grande Maçã nas últimas duas décadas. Mesmo que todo o rebuliço tenha ajudado o grupo a esgotar os ingressos para o show no Hammerstein Ballroom (com capacidade de 3.750 pessoas) para um show especial de Halloween hoje, em 31 de outubro, o guitarrista Albert Hammond Jr não se importa. Hoje, ele está apenas feliz por estar em casa depois de uma longa turnê na América do Norte devido ao disco de estreia lançado pela gravadora RCA, Is This It.
Ele diz que o horário de refeição irregular que muitas vezes é um mal necessário da estrada teve reflexos em seu estômago, e, além disso, “nós gostamos de fazer pausas em Nova York, porque podemos fazer mais coisas lá. Nosso estúdio está lá para nós 24/7”. Na verdade, ele acrescenta que o grupo pode até revelar uma nova música provisoriamente intitulada “Meet Me in the Bathroom” para o público da cidade natal hoje à noite.
The Strokes é uma banda essencialmente de Nova York, desde as roupas hipsters e cortes de cabelo até a sua sonoridade inclinada para uma tendência retrô inegavelmente cativante que evoca o auge de meados dos anos 70 do cenário do rock de centro da cidade. Apesar de terem sido gravadas por um quinteto de músicos que não eram sequer nascidos na época, músicas como “Barely Legal”, “Last Nite” e “Hard to Explain” fazem uma barulheira que presta homenagens igualmente aos Stooges, o Velvet Underground, e os Rolling Stones.
“Acho que a cena de Nova York é provavelmente 10% de nossa influência”, Hammond diz, apontando que nunca sequer ouviu Television, uma das bandas com quem os Strokes são frequentemente comparados. “Temos mais a atitude de que o som de Nova York, eu acredito.”
Os membros da banda – Hammond, o vocalista Julian Casablancas, o guitarrista Nick Valensi, o baixista Nikolai Fraiture e o baterista Fabrizio Moretti – se conheciam há muitos anos, mas finalmente em 1999 decidiram fazer música como The Strokes. O espaço de 2000 foi preenchido escrevendo músicas e subindo a ladeira de clubes em Manhattan, e ao fim do ano o burburinho era quase inescapável.
Liderando a incumbência estava a gravadora Rough Trade do Reino Unido, que lançou The Modern Age EP com qualidade de demo em janeiro. A guerra de licitações nos Estados Unidos (RCA saiu vitoriosa) ainda estava em andamento quando os Strokes começaram a gravar Is This It com o produtor Gordon Raphael em abril. A combinação estreou em um surpreendente 2º lugar no Reino Unido e se mantém no 34º depois de nove semanas na tabela (é o 84º na lista de 200 da Billboard nesta semana).
Enquanto isso, o grupo tenta não se deixar levar pela bajulação da imprensa, onde jornalistas clamam classificando os Strokes como nada menos que os salvadores do rock ‘n’ roll. Hammond diz que se divertiu bastante particularmente depois de ler uma matéria do semanal de música do Reino Unido NME, que lamentou a escolha de “Last Nite” como single ao invés de “Someday”, e pediu que fãs escrevessem expressando opiniões semelhantes. Apesar da campanha da revista, “Last Nite” foi comprovadamente a favorita do público nos finalmentes.
“Nossa meta sempre foi ficar melhor em escrever músicas e como músicos e instrumentistas,” ele diz. “A imprensa faz o que ela faz, sabe?”
The Strokes também tem sido uma fonte inconsciente de controvérsia graças à canção “New York City Cops”, que foi parar em todas as prensagens não-americanas de Is This It, mas foi retirado da versão doméstica, por causa dos ataques terroristas de 11 de setembro. Hammond defende a música, que ele diz ser “uma história de amor entre duas pessoas que estão falando. Tudo o que ela está dizendo é, você não está sendo muito inteligente. Você está tentando nos intimidar quando você deveria estar fazendo outras coisas”. A música permanece no set do grupo ao vivo, mas Hammond observa, “nós provavelmente não vamos tocá-la em Nova York ainda”.
Depois de uma pausa muito merecida, The Strokes retornam à estrada norte americana para duas semanas de shows começando em 14 de novembro na Filadélfia. Datas na Europa e Japão estão sendo planejadas para a próxima primavera, num ponto em que Hammond diz que o grupo irá começar a trabalhar em um novo disco.
Para agora, ele está apenas aproveitando o passeio: “Eu na verdade dei uma boa olhada nos funcionamentos internos do mundo que eu nunca teria visto caso não estivesse em uma banda”.
Original em: billboard.com